Um colar com um diamante esmeralda cultivado em laboratório

Série Educativa Sobre Diamantes Cultivados Em Laboratório E Seu Preço

Os diamantes cultivados em laboratório, também chamados de diamantes sintéticos, estão cada vez mais ganhando popularidade em Portugal. Além de serem lindos e encantadores também são éticos e o preço de diamantes cultivados em laboratório é bem acessível. E, como o nome já diz, estes diamantes sintéticos são criados em um ambiente de laboratório controlado.

Os diamantes cultivados em laboratório constituem até 3% do mercado global de $ 1,74 bilhão e são criados através de diferentes processos, incluindo HPHT (Alta Pressão, Alta Temperatura), CVD (Deposição Química de Vapor), cavitação por ultrassom e detonação. Estima-se que em 2035, sua participação no mercado seja de até $ 13,4 bilhões.

Um colar com um diamante esmeralda cultivado em laboratório
Diamantes cultivados em laboratório
podem ser avaliados e certificados pelo GIA

Diamantes Cultivados Em Laboratório Não São Artificiais, Eles São Diamantes Reais

Quando as pessoas falam sobre os diamantes cultivados em laboratório ou diamantes sintéticos, muitas vezes se perguntam: "Os diamantes sintéticos são considerados diamantes verdadeiros?"

A resposta é sim.

Embora os diamantes naturais e os diamantes cultivados em laboratório tenham origens diferentes, sua estrutura é exatamente igual. Por exemplo, os diamantes cultivados em laboratório pelo processo HPHT são feitos de carbono puro, cristalizado em uma forma 3D isotrópica e as gemas cultivadas são exatamente iguais às extraídas da crosta terrestre.

O GIA (Instituto Gemológico da América) estudou os diamantes cultivados em laboratório por mais de 30 anos e, de acordo com eles, “suas propriedades químicas e físicas são praticamente as mesmas dos diamantes naturais”. Por esta razão, os cientistas acreditam que os diamantes cultivados em laboratório não são falsos ou imitações, mas são diamantes verdadeiros que podem ser facilmente identificados por gemologistas, utilizando um equipamento de análise de gemas padrão.

Quando Foi Feito O Primeiro Diamante Cultivado Em Laboratório?

Em 1797, foi descoberto que os diamantes eram feitos de carbono puro. Isto levou os cientistas a acreditarem que o processo que gerou os diamantes naturais poderia ser facilmente recriado em laboratórios. No entanto, não existem relatos de pessoas ou empresas criando os diamantes sintéticos até 1879, quando James Ballantine Hannay relatou os desenvolvimentos utilizando um método que envolvia o aquecimento de carvão e ferro dentro de um pequeno recipiente de carbono, inseridos em uma fornalha. Posteriormente, através de testes modernos, ficou comprovado que as amostras restantes de seus experimentos eram, de fato, diamantes naturais em vez de sintéticos.

Com o passar dos anos, os cientistas continuaram melhorando os processos existentes e desenvolvendo novos processos. Alguns desses cientistas, como Feerdinard Henri Moissan, que tentou criar os diamantes cultivados em laboratório utilizando um forno a arco elétrico em 1893, Sir William Crookes, que em 1909, utilizou explosões de cordite encapsuladas de 190.000 psi para criar diamantes de brometo de rádio e Otto Ruff, em 1917, que alegou ter produzido diamantes com diâmetro de até 7 mm, mas depois retirou a sua declaração.

Em 1926, o químico americano J. Willard Hershey, replicou os experimentos de produção de diamantes cultivados em laboratório de Ruff e Moissan. E Sir Charles Arganon Persons que dedicou 40 anos de sua vida, de 1882 a 1922, tentando reproduzir as experiências de Hannay e Moissan. Em seus desenvolvimentos, também adaptou seus próprios processos e teve todas as suas amostras e resultados preservados para serem analisados posteriormente por outros.

A descoberta mais significativa na indústria de diamantes cultivados em laboratório ocorreu em dezembro de 1954, quando uma empresa americana chamada GE, criou o primeiro lote de diamantes cultivados industrialmente.

Cientistas criam diamantes sintéticos
em laboratório com ambientes controlados

Diamantes Naturais vs. Diamantes Sintéticos

Dois diamantes nunca são exatamente iguais, isto vale tanto para diamantes naturais quanto para diamantes sintéticos. No entanto, ambos possuem semelhanças próprias e também diferenças importantes que torna possível distingui-los. Veja algumas destas semelhanças e diferenças abaixo.

Semelhanças

Quando vistos aos olhos humanos ou por pessoas sem experiência, os diamantes cultivados em laboratório parecem ser os mesmos que os diamantes naturais. O principal motivo disto é porque suas propriedades físicas e ópticas, composição química e estrutura dos cristais são as mesmas. Por esta razão, somente gemologistas especializados podem distinguir um diamante natural de um diamante sintético.

A maioria dos diamantes naturais possuem pequenas quantidades de outros elementos, incluindo hidrogênio ou nitrogênio, que proporciona uma coloração amarela e boro, que proporciona uma coloração azul. Semelhantemente, os diamantes cultivados em laboratório, feitos através do método CVD, envolvem a quebra de moléculas de gases ricos em carbono, como o metano, em átomos de carbono e hidrogênio. Devido a isso, os traços de hidrogênio podem ser encontrados em diamantes CVD. No caso dos diamantes cultivados pelo processo HPHT, o teor de nitrogênio na gema proporciona naturalmente uma cor âmbar.

Além disso, tanto os diamantes cultivados em laboratório quanto os diamantes naturais possuem incrustações que alteram sua transparência e brilho. Os diamantes naturais contêm partículas de material estranho que ficaram presas anos antes dos diamantes serem formados e isto também pode se manifestar na forma de incrustações metálicas no caso dos diamantes cultivados em laboratório. Estas incrustações são visíveis e analisadas somente com uma ampliação de 10x.


Cientistas criam diamantes sintéticos
em laboratório com ambientes controlados

Diferenças entre diamantes cultivados em laboratório e diamantes naturais

Tempo: Os diamantes cultivados em laboratório levam aproximadamente de 3 a 9 meses para se desenvolverem em um laboratório. Enquanto isso, os diamantes naturais que estão atualmente na superfície da Terra, próximos o suficiente para serem minerados, se formaram há cerca de 1 bilhão a 3,3 bilhões de anos atrás.

Cores: Os diamantes cultivados em laboratório podem ser criados com tonalidade em branco, verde, rosa, amarelo e azul e normalmente são encontrados com graus de coloração que variam do grau K ao D. Alguns tipos de diamantes cultivados em laboratório passam por um processo de tratamento de coloração, por exemplo, os diamantes CVD que apresentam uma cor marrom são descoloridos através de um procedimento para torná-los quase ou totalmente incolores.

Os diamantes naturais podem ser encontrados em todas as cores imagináveis, com um número infinito de coloração, tonalidades e níveis de saturação. As cores ocorrem devido à presença de impurezas, como moléculas de nitrogênio, que ficam presas nos espaços existentes na estrutura cristalina do diamante. O teor de substâncias químicas presentes no carbono puro causam níveis de saturação diferentes e, consequentemente, proporcionam diferenças nas cores dos diamantes. A cor mais comum para os diamantes é o branco, enquanto as cores mais raras incluem o azul intenso Fancy Vivid, o amarelo Fancy Color e o rosa.

Local de formação: Os diamantes naturais são formados nas camadas mais profundas do manto da Terra, sob condições de alta temperatura e alta pressão. Devido à atividade vulcânica, os diamantes são trazidos para a superfície onde permanecem em uma formação de rocha vulcânica, chamada tubos de kimberlito, prontos para serem minerados. No entanto, somente cerca de 5% dos tubos de kimberlito possuem quantidade de diamantes suficientes para que seja viável a sua mineração.

Por outro lado, os diamantes sintéticos são formados em laboratório, como o próprio nome sugere.



Equipamento de tecnologia HPHT utilizado em laboratórios

Como São Produzidos os Diamantes Cultivados em Laboratório?

Os diamantes cultivados em laboratório podem ser produzidos utilizando quatro métodos diferentes.

  1. Processo HPHT

O processo HPHT (Alta Pressão, Alta Temperatura) é o mais comum para fabricar diamantes cultivados em laboratório. Este método reproduz o processo natural, proporcionando as condições de alta temperatura e alta pressão necessárias na produção dos diamantes naturais no manto da Terra.

Um ambiente similar, com pressão de até 60.000 BAR e temperaturas de até 3.000 K, é gerado em laboratório para transformar o carbono em diamantes sintéticos. A LONITE utiliza o processo HPHT de fabricação de diamante para criar todas as gemas cultivadas em laboratório.

O processo HPHT de diamantes possui três modelos de prensas principais que são utilizadas ​​para fornecer a temperatura e pressão necessárias para a produção dos diamantes cultivados em laboratório. Estes modelos de prensa são:

  1. Prensa de correia
  2. Ambas as bigornas de diamante inferior e superior proporcionam uma carga de pressão para a célula cilíndrica interna. A pressão interna é distribuída radialmente por uma correia de cintas de aço pré-tensionadas. As bigornas de diamantes também funcionam como eletrodos para fornecer corrente elétrica para a célula comprimida.

  3. Prensa cúbica
  4. Uma prensa cúbica possui seis bigornas de diamantes que proporcionam pressão em todas as faces de um volume, em forma de cubo, simultaneamente. Normalmente, uma prensa cúbica é menor do que uma prensa de correia, mas é igualmente capaz de alcançar a temperatura e pressão necessárias para produzir os diamantes cultivados em laboratório.

  5. Prensa de esferas divididas (BARS)
  6. Uma cápsula de síntese cilíndrica feita de cerâmica, medindo 2 cm³ de capacidade, é inserida no centro do dispositivo BARS. Acredita-se ser este o método mais econômico, eficiente e compacto na produção de diamantes cultivados em laboratório.


  1. Processo CVD

  2. O processo CVD (Deposição Química de Vapor) é outro método utilizado para produzir diamantes cultivados em laboratório. Este método envolve a produção de diamantes a partir de uma mistura de gases de hidrocarbonetos. A simplicidade e flexibilidade das configurações de CVD tornam este método um dos mais comuns. O processo CVD de produção de diamantes cultivados em laboratório também garante várias vantagens, como a capacidade de produzir diamantes sintéticos em vários substratos e em grandes áreas, assim como o controle sobre as impurezas químicas. Devido a estas vantagens, o processo CVD permite o controle sobre as propriedades dos diamantes sintéticos produzidos.

    Além disso, o processo CVD não requer alta pressão, pois o desenvolvimento diamantes cultivado em laboratório normalmente ocorre em ambientes com pressões abaixo de 27 kPa.


  3. Detonação de explosivos

  4. Os diamantes sintéticos também podem ser desenvolvidos utilizando a detonação de explosivos. Com a detonação de alguns explosivos contendo carbono, inseridos em uma câmara de metal, é possível formar nanopartículas de cristais de diamante medindo até 5 nanômetros de diâmetro. Estes nanocristais produzidos são denominados de nanodiamantes de detonação.

    Durante esta explosão, a temperatura e a pressão produzidas na câmara são altas que podem transformar o carbono dos explosivos em diamantes.


  5. Cavitação por ultrassom

  6. O último método utilizado para produzir diamantes cultivados em laboratório é a cavitação por ultrassom. Os cristais de diamante, com tamanho de escala mícron, produzidos por este método são feitos de uma suspensão de grafita em um líquido orgânico. A suspensão é mantida sob temperatura ambiente e pressão atmosférica utilizando a cavitação ultrassônica. Um dos maiores benefícios deste método é que com esta técnica, os equipamentos e procedimentos são relativamente simples, porém só foi relatada por dois grupos de pesquisa e, até 2012, não teve uso industrial.



Um Diamante Cultivado Em Laboratório Produzido Pelo Processo HPHT É O Mesmo Que O Produzido Pelo Processo CVD?

Os diamantes produzidos pelo processo HPHT não são iguais aos produzidos pelo processo CVD.

A principal diferença entre estes dois diamantes cultivados em laboratório encontra-se nos materiais e métodos utilizados ​​para produzi-los. Enquanto o processo HPHT de produção de diamantes envolve a utilização de alta pressão e temperatura sobre o carbono, o processo CVD consiste na técnica de depositar gases, como o metano, sobre uma semente de diamante para produzir os diamantes.

Além disso, é bastante complicado obter diamantes totalmente incolores pelo processo HPHT. A maioria dos diamantes produzidos a partir deste método acaba apresentando uma tonalidade marrom ou amarelado. Por outro lado, utilizando o método CVD, a câmara de vácuo contém somente carbono e hidrogênio, o que significa que é possível obter cristais incolores. No entanto, se boro ou nitrogênio forem introduzidos na câmara, podem ser produzidos diamantes cultivados em laboratório nas cores azuis ou amarelos.

Os diamantes sintéticos são considerados
ambientalmente mais ecológicos

Por Que os Diamantes Cultivados em Laboratório são Mais Ecológicos?

Como mencionado anteriormente, estes diamantes sintéticos são cultivados em laboratórios e, portanto, existe um controle maior sobre estes processos de produção. Além disso, é necessário uma quantidade menor de energia para sua produção. Tanto na produção dos diamantes sintéticos quanto na mineração dos diamantes naturais, torna-se necessário o uso de energia. Obviamente, uma vez que o excesso de gás natural e de recursos de petróleo são utilizados como fonte de energia para a obtenção destes diamantes, isto pode causar efeitos adversos ao meio ambiente.

No entanto, a quantidade de energia utilizada para produzir os diamantes cultivados em laboratório é significativamente baixa. É necessário, para um dos maiores produtores de diamantes naturais, gastar 80,3 quilowatts-hora para cada quilate nas operações de mineração. Enquanto isso, para produzir os diamantes cultivados em laboratório é necessário somente cerca de 20-28 quilowatts-hora para cada quilate.

Um outra consideração importante é que na mineração de diamantes naturais o ambiente ao redor do local também é muito prejudicado. Um exemplo, se a mina possuir cerca de 2 milhas (3,2 km) de profundidade, toda a terra ao redor deste local também é necessária sofrer escavações. Para se ter uma ideia, para cada 1 quilate de diamante natural minerado, até 1.700 toneladas de terra deve ser removida. Remover a sujeira escavada também influencia na área ao redor da mina, uma vez que esta sujeira deve ser jogada em algum outro lugar. O resultado final é a terra sendo devastada. Na realidade, até mesmo os cursos de água e outras características semelhantes são alteradas e removidas para que seja possível a mineração de diamantes naturais.

Enquanto isso, como os diamantes sintéticos são cultivados em laboratório, sua fabricação não irá afetar nenhuma terra. Os fabricantes precisam apenas colocar o carbono em uma máquina e esperar que seja transformado em diamantes após uma série de processos. Os diamantes cultivados em laboratório causam um impacto mínimo nas plantas, animais ou na terra.

Quando comparados aos diamantes naturais, os diamantes cultivados em laboratório produzem menos emissões de carbono. Uma vez que, os diamantes naturais necessitam de maquinários pesados para a escavação e produção, as emissões de carbono são maiores e, desta forma, impactando ainda mais o meio ambiente. No entanto, para o processo de produção dos diamantes cultivados em laboratório, não é necessário nenhum combustível fóssil, pois a maioria das máquinas de laboratório são movidas a energia elétrica.

Funeral arrangement Os diamantes sintéticos são considerados
ambientalmente mais ecológicos
Os diamantes cultivados em laboratório podem ser
identificados por um gemologista especializado

Como identificar os diamantes cultivados em laboratório

Pessoal experiente, assim como equipamento especializado, são necessários para diferenciar e identificar os diamantes sintéticos e os diamantes naturais. Existem duas instituições reconhecidas internacionalmente que são conhecidas por seus padrões de teste e classificação de gemas; um é o GIA – Instituto Gemológico da América. e o outro é o IGI – Instituto Gemológico Internacional. No entanto, você também pode procurar um provedor de serviços local, como o Institute Intelligence Diamond em Portugal.

Normalmente, é possível diferenciar os diamantes cultivados em laboratório com base nos seguintes fatores;

a) Distribuição de cores

O processo HPHT normalmente produz diamantes coloridos que apresentam uma coloração irregular. Esta coloração pode ser facilmente observada com a incidência de luz e com o auxílio de um microscópio. Para maior clareza, a pedra lapidada pode ser imersa em óleo mineral ou água para minimizar os reflexos da superfície.

Diamantes cultivados em laboratório apresentam zoneamento de cor devido às várias impurezas incorporadas, no cristal de diamante, durante seu processo de formação. Alguns exemplos destes contaminantes são o nitrogênio e o boro. Algumas vezes, os diamantes naturais também apresentam algum zoneamento de cor; no entanto, o padrão geométrico do zoneamento é diferente dos padrões dos diamantes cultivados em laboratório pelo processo HPHT. Já os diamantes sintéticos produzidos pelo processo CVD normalmente apresentam uma coloração uniforme.

b) Padrões de granulação

Os diamantes possuem grãos na parte interna, assim como possuem as madeiras. Com equipamentos especializados, estes padrões de grãos podem ser avaliados. Este padrão observado pode ser capaz de dizer ao gemologista os detalhes de como o diamante foi realmente formado.

Conforme mencionado anteriormente, os diamantes naturais se formam, nas camadas mais profundas da Terra, ao longo de milhões de anos, enquanto que os diamantes cultivados em laboratório se formam em 3 a 9 meses. Portanto, ambos possuem padrões de crescimento e granulação significativamente diferentes. Os diamantes cultivados em laboratório apresentam um padrão de grão específico, que é um indicador de confirmação.

c) Cores de fluorescência

Os diamantes cultivados em laboratório também podem ser diferenciados com o auxílio de ondas de luz especiais, fazendo com que os diamantes fiquem fluorescentes. Os diamantes cultivados em laboratório brilham mais intensamente do que os diamantes naturais, tornando possível diferencia-los rapidamente através deste indicador.

Outro indicador é a cor que as pedras refletem quando as ondas de luz especiais incidem sobre elas. Normalmente, os diamantes extraídos da terra refletem uma cor azul, enquanto que os diamantes cultivados em laboratório, fabricados pelo processo CVD, apresentam uma cor laranja brilhante. Semelhantemente, os diamantes sintéticos produzidos pelo processo HPHT, normalmente apresentam uma fluorescência na cor turquesa ou ligeiramente azulada.

O padrão de fluorescência é outro indicador. Os diamantes cultivados em laboratório pelo processo HPHT apresentam, no pavilhão ou na coroa, um padrão na forma de cruz. Enquanto que os diamantes sintéticos, produzidos pelo processo CVD, possuem um padrão estriado quando vistos através das facetas do pavilhão.

d) Incrustações de escória de metais

Os diamantes sintéticos HPHT possuem incrustações de escória de metal, também conhecida como fluxo metálico. Na incidência de luz, estas incrustações de escória de metal possuem aparências opacas e pretas, enquanto que na luz refletida, apresentam um brilho metálico. Além disso, a liga de fluxo metálico utilizada para o cultivo de diamantes contém elementos como o cobalto, níquel e ferro. Isto significa que os diamantes, cultivados em laboratórios, com grandes incrustações metálicas serão facilmente atraídos por um campo magnético, podendo ser coletados com a utilização de um imã.

Isto não acontece com os diamantes cultivados em laboratório pelo processo CVD, que se formam de uma maneira completamente diferente e, portanto, não apresentam incrustações metálicas.

Por outro lado, somente alguns diamantes naturais possuem incrustações escuras de grafita ou outros minerais; Mas eles não possuem nenhum brilho metálico.

e) Padrões de tensão

Quando analisados entre dois filtros polarizadores, posicionados em um ângulo de noventa graus entre eles, os diamantes naturais apresentam um mosaico brilhante ou um padrão cruzado de tensão ou cores de interferência. Isto acontece por causa das tensões nas quais os diamantes estão submetidos sob a superfície da Terra ou quando sofrem uma erupção repentina para a superfície da Terra.

Já os diamantes cultivados em laboratório, são reproduzidos em um ambiente de pressão, praticamente 100% uniforme e sem tensões. Sendo assim, quando estes diamantes cultivados em laboratório são inspecionados com filtros de polarização, não apresentam padrões de tensões ou apresentam somente um padrão de tensão com faixas fracas.

f) Inscrições no rondiz do diamante

Os diamantes sintéticos normalmente possuem uma inscrição minúscula inseridas no rondiz do diamante, identificando-o como um diamante cultivado em laboratório. Não é possível visualizar esta inscrição sem uma grande ampliação. Normalmente, a lente de aumento de um joalheiro é capaz de obter ampliações na escala de 10 x; no entanto, para que esta inscrição seja visível, você precisaria de até ampliações de 30 x.

O rondiz do diamante é basicamente a parte mais larga do diamante e o tamanho da letra para realizar esta inscrição será proporcional ao tamanho do rondiz. Ou seja, um rondiz fino terá letras muito pequenas e, por este motivo, é necessário uma lente de aumento com ampliação de 30x.

Na maioria dos casos, sempre que os laboratórios de classificação identificam ou certificam um diamante sintético, quando não possui nenhuma marcação, eles realizam a inscrição no rondiz do diamante marcando-o como um diamante cultivado em laboratório. No entanto, se não houver absolutamente nenhuma inscrição no rondiz, mesmo depois de terem sido analisados em laboratório, você saberá que está olhando para um diamante natural.

Preço de diamantes cultivados em laboratório

Nos últimos dois anos, o preço de varejo do diamante sintético diminuiu significativamente, valores que chegam até 50% menos em Portugal. Seguindo estes valores de mercado, o preço de atacado de diamantes sintéticos e naturais também diminuiu em três vezes do seu valor.

As principais tendências que afetaram os preços dos diamantes cultivados em laboratório e dos diamante naturais, na indústria de diamantes, foram descritas no relatório intitulado “The Global Diamond Industry 2018” publicado pela Bain AWDC.

De acordo com o relatório, a diminuição dos preços, tanto em Portugal, pode ser atribuída ao aumento da influência das tecnologias digitais. Os avanços que esta tecnologia proporcionou resultaram na simplificação do processo de fabricação dos diamantes sintéticos. Em consequência deste fator, o resultado foi a redução dos preços dos diamantes cultivados em laboratório no mercado global.

Ainda de acordo com o relatório, em 2008, o custo de produção de apenas um quilate de diamante cultivado em laboratório era de aproximadamente $ 4.000. No entanto, com os avanços tecnológicos realizados na última década, o preço do diamante cultivado em laboratório diminuiu significativamente, com custo na faixa de $ 300 a $ 500 por quilate.

Outros fatores que também influenciaram o preço dos diamantes sintéticos incluem os hábitos de compra da geração mais jovem, ao mesmo tempo que a presença dos diamantes sintéticos são cada vez maiores em Portugal, também crescem no mercado global. Atualmente, a geração mais jovem prefere buscar por produtos de alta qualidade e exclusividade.

A diminuição no custo de produção e com um público de compra maior e mais variado só tentem a aumentar a demanda por diamantes cultivados em laboratório e também naturais. Além disso, o relatório estima que, com o aumento da eficiência da produção e a introdução de novos concorrentes no mercado, juntamente com a transformação da indústria em commodity, os preços dos diamantes cultivados em laboratório e dos naturais deverão cair ainda mais.

A geração dos Millennials usam anéis de diamantes
sintéticos para homenagear os entes queridos

Usos dos Diamantes Cultivados em Laboratório

Conceituados por sua durabilidade, com o aumento da disponibilidade e um menor preço, os diamantes cultivados em laboratório estão sendo cada vez mais ​​utilizados em várias aplicações industriais. Algumas destas aplicações incluem:

Ferramentas de usinagem

A dureza é um atributo essencial para todas as ferramentas de usinagem e de corte. Os diamantes são conhecidos por sua dureza, razão pela qual os diamantes cultivados em laboratório estão sendo amplamente utilizados na produção de equipamentos e ferramentas de usinagem para uso industrial. Uma vez que os diamantes podem ser utilizados para processos de polimento, corte e desgaste de qualquer material, as aplicações industriais comuns incluem serras e brocas de perfuração com pontas de diamante. O pó de diamante também pode ser utilizado como um material abrasivo, e também pode ser utilizado como um revestimento resistente ao desgaste em rolamentos e ferramentas.

Condutor térmico

Os diamantes puros cultivados em laboratório são caracterizados por sua alta condutividade térmica e baixíssima resistência elétrica. Estas duas qualidades tornam os diamantes sintéticos perfeitos para serem utilizados como dissipador de calor para transistores de alta potência, matrizes de laser e diodos laser de alta potência. Nos semicondutores, os diamantes cultivados em laboratório são utilizados ​​como dissipadores de calor para evitar o superaquecimento do silício e dos dispositivos semicondutores.

Materiais ópticos

Além dos diamantes cultivados em laboratório possuírem uma dureza extremamente alta e serem excelentes condutores térmicos, também são quimicamente inertes e possuem baixo coeficiente de expansão térmica. Devido a estas propriedades, os diamantes cultivados em laboratório são considerados superiores a outros materiais ópticos utilizados para transmitir microondas e radiação infravermelha. Por este motivo, em vez de seleneto de zinco, os diamantes sintéticos estão sendo utilizados como placas ópticas de saída para lasers de CO2 de alta potência, assim como em girotrons.

Além disso, os diamantes cultivados em laboratório também podem ser utilizados ​​na fabricação de modelos de bigornas de diamante opticamente transparentes. Desta forma, estas bigornas de diamantes podem ser utilizadas para medir as propriedades elétricas e magnéticas de materiais em alta pressão com o auxílio das células de bigorna de diamante

Eletrônicos

Atualmente, os diamantes cultivados em laboratório são utilizados ​​na fabricação de diversos dispositivos eletrônicos, incluindo semicondutores, eletrodos e dispositivos de detecção de radiação.

Joias e acessórios

Uma vez que os diamantes cultivados em laboratório estão disponíveis em uma variedade de cores, estes diamantes sintéticos são ideais para confecção de diferentes joias e acessórios, incluindo colares e braceletes. No entanto, talvez o uso mais comum destes diamantes sintéticos em joias seja para confeccionar anéis de diamante. Além disso, devido à diminuição do preço dos diamantes sintéticos, os preços dos anéis e colares de diamantes são bastante acessíveis.

Diamantes memoriais

Os diamantes memoriais são diamantes cultivados em laboratório e utilizados ​​para prestar uma homenagem eterna e celebrar a memória de um ente querido. No processo HPHT de fabricação do diamante, as cinzas ou cabelos do falecido são utilizados.

O preços do estas diamante cultivado em laboratório são a partir de 1.900 Euros no Portugal

Aplicações médicas

Os diamantes cultivados em laboratório estão sendo utilizados ​​em tratamentos avançados de saúde. Por exemplo, são utilizados ​​na terapia de pacientes com câncer de olho. Os detectores de radiação, que utilizam os diamantes cultivados em laboratório como base, garantem a distribuição da dosagem correta, visando com precisão, somente o tecido afetado pelo câncer. Os diamantes cultivados em laboratório também são utilizados, de maneira semelhante, ​​como bisturis cirúrgicos em oftalmologia e neurocirurgia.

A geração dos Millennials usam anéis de diamantes sintéticos para homenagear os entes queridos

A geração dos Millennials usam anéis de diamantes
sintéticos para homenagear os entes queridos
Cremated ashes Os anéis de diamante sintético são populares entre a geração dos Millennials

Os Diamantes Cultivados em Laboratório HPHT na Confecção de Joias

Os diamantes cultivados em laboratório, produzidos pelo processo HPHT, podem ser utilizados para confeccionar anéis de diamantes.

Lapidar os diamantes cultivados em laboratório, em formatos clássicos, é relativamente fácil. Após a lapidação, estes diamantes sintéticos podem ser transformados em peças de joias conforme as escolhas do cliente. Estes diamantes sintéticos são normalmente confeccionados em joias em configuração como braceletes, colares, brincos e pingentes e principalmente anéis de diamante.

Uma outra vantagem é que os diamantes cultivados em laboratório estão disponíveis em uma infinidade de cores diferentes, como nas cores azul e amarelo. Isto faz com que os diamantes sintéticos sejam perfeitos para peças de joias, principalmente para conjuntos completos de colares e brincos com diamantes de diferentes cores. De fato, é possível obter diferentes estilos e comprimentos de brincos, como brincos grandes em forma de gota ou de argolas pequenas.

Sendo possível obter diferentes formatos e cores, esta mesma vantagem é aplicada para os anéis, onde os diamantes cultivados em laboratório podem ser utilizados ​​para confeccionar diferentes tipos de anéis de diamantes, incluindo alianças de namoro, anéis de noivado e alianças de casamento.

O tipo de configuração das joias escolhidas influenciam no preço do diamante cultivado em laboratório. Sem mencionar que o preço do diamante cultivado em laboratório também varia dependendo do fornecedor de diamante sintético que você selecionou.